Referência em urgência e emergência no interior do Rio Grande do Norte, o Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), em Mossoró, tem capacidade para captar até seis órgãos para doação por procedimento: dois rins, duas córneas, fígado e coração. Em nove anos, o HRTM já fez 60 captações, seis somente em 2025.
Os órgãos captados no HRTM são enviados para diversos estados, salvando vidas país afora: Ceará, Amazônia, Pernambuco, São Paulo e Rio Grande do Sul, sem falar no Rio Grande do Norte, com dezenas de transplantes com órgãos captados na unidade.
O trabalho é articulado pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do hospital. Hoje (26), com sensibilização na recepção do hospital, o colegiado encerra a campanha Setembro Verde, voltada para o Dia Nacional de Doação, comemorado amanhã (27).
Dificuldades
A sensibilização é necessária, porque uma das maiores dificuldades para a captação de órgãos no HRTM é a negativa da família. Segundo Telma Ariana Medeiros Belém, assistente social e membro da equipe, diversos motivos provocam negativas.
É o caso de conhecimento limitado do conceito de morte encefálica e desconhecimento do desejo do seu parente ser doador, tendo em vista que muitas pessoas são favoráveis à doação de órgãos, mas não expressam a vontade em vida.
Trabalho da Comissão é fundamental
A CIHDOTT do HRTM foi criada em 2 de julho de 2016 e é responsável por fazer busca ativa de pacientes graves, que possam ser potenciais doadores, bem como se articular com os profissionais do hospital e demais órgãos competentes.
Também acompanha e orienta familiares, após a conclusão do diagnóstico de morte encefálica. Também desenvolve atividades educativas para a comunidade sobre a temática, como o Setembro Verde.
Na campanha, sob a coordenação da enfermeira Susana Cantídio e suporte da assessoria de comunicação, a CIHDOTT do HRTM mostrou o trabalho do órgão e orientou a população quanto a importância da captação de órgãos no hospital.

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