A tensão entre partidos e ministros do governo Lula ganhou novos capítulos nesta quarta-feira (8). O Progressistas (PP) anunciou o afastamento do ministro dos Esportes, André Fufuca (PP-MA), após ele ignorar a orientação da legenda para deixar o cargo.
A decisão foi oficializada por Ciro Nogueira, presidente do partido, que também comunicou a intervenção no diretório estadual do Maranhão, retirando Fufuca da liderança local.
O comunicado do PP foi direto: ao optar por permanecer no governo, Fufuca perde a vice-presidência nacional e o direito de participar das decisões internas. A legenda reforçou sua posição de não integrar a gestão Lula, alegando falta de alinhamento ideológico e programático.
Mesmo sob pressão, Fufuca reafirmou sua fidelidade ao presidente durante um evento no Maranhão: “Eu estou com Lula”, declarou. Ele ocupa o Ministério do Esporte desde setembro de 2023, substituindo Ana Moser.
Mais um
Outro foco de tensão é o ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), que também decidiu permanecer no cargo, contrariando sua legenda. Sabino está sob análise de um processo de expulsão por infidelidade partidária, instaurado no fim de setembro.
Apesar de ter sinalizado sua saída, ele adiou a decisão para acompanhar o presidente em compromissos relacionados à COP30, que ocorrerá em novembro no Pará.
A permanência de Sabino e Fufuca expõe o racha entre partidos e governo, evidenciando os desafios de conciliar interesses políticos com a governabilidade.
Crise
A movimentação faz parte de uma estratégia da federação formada por União Brasil e PP, que visa se reposicionar para as eleições de 2026.
A ordem para que seus filiados deixem o governo foi intensificada após reportagens ligarem o presidente do União Brasil, Antonio de Rueda, ao Primeiro Comando da Capital (PCC) — acusação que ele nega. A situação se agravou após críticas públicas de Lula a Rueda em agosto.
Siga nosso Instagram