Dos seis municípios com maior volume de chuvas acumuladas entre 1º de janeiro e 27 de fevereiro deste ano, três são da microrregião de Umarizal: Olho d’Água do Borges (404,8 milímetros); Martins (393,6 mm) e Almino Afonso (377,4 mm).
O ranking é liderado por Monte Alegre, no Agreste, com 452 mm, e complementado por Timbaúba dos Batistas (Seridó Ocidental), com 359,4 mm; e Coronel João Pessoa (Serra de São Miguel), com 356,4 mm.
Os dados são da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn), para quem o inverno de 2025 no Rio Grande do Norte tende a ser normal. Essa conclusão está no recém-divulgado prognóstico oficial de chuvas para março, abril e maio para o Estado.
Para esse período, o acumulado de chuvas esperado para o Oeste é de 479,2 mm; para a Região Central (376,9 mm); Agreste (343,2 mm) e Leste (533,2 mm).
Condições favoráveis
Para chegar a essa conclusão, os meteorologistas de todos os Estados do Nordeste analisaram a situação dos oceanos e de outras condicionantes. O estudo teve colaboração do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC).
Eles concluíram que a condição dos oceanos está mais favorável à ocorrência de chuvas tanto no sertão como no Litoral nos próximos três meses, em consequência da atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).

Estado registra sequência de bons invernos
Depois de anos de seca na década passada, o Rio Grande do Norte vem registrando sequência de invernos considerados normais desde 2019, sendo 2022 o melhor deles. Naquele ano, as chuvas ficaram na média ou acima dela em 145 municípios dos 161 monitorados pela Emparn.
Ontem (27), o volume de água nos reservatórios acompanhados pelo Instituto de Águas do Estado (Igarn) era de 2,68 bilhões de metros cúbicos – 59,94% da capacidade de armazenamento. No mesmo período, em 2017, no auge da seca, o volume era de apenas 13,7% da capacidade.
Plantio
Para a agricultura, a orientação da Emparn é a de que o agricultor procure no mercado sementes precoces de culturas como feijão, sorgo, milho, para que ele tenha sucesso na colheita.
Meteorologista da Emparn, Gilmar Britor comenta o cenário:
“Lembrando que mesmo em anos invernos normais sempre tem ocorrência de veranicos (períodos de sete ou mais dias sem chuvas) e isso pode trazer algumas incertezas para a agricultura. Mas, como é um ano com previsão dentro da normalidade, a orientação é que o agricultor, quando tiver condição favoráveis de umidade no solo, faça o plantio”.