A Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação (Setic), do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), concluiu a mudança da versão da 2.2.0.4 do sistema do Processo Judicial eletrônico (PJe) para a 2.3.
Com isso, o TJRN passa a ser o primeiro Tribunal do país a utilizar a nova versão, atualizada no dia 27 de agosto e traz novas funcionalidades e mais benefícios ao usuário.
Além de melhorias de infraestrutura e performance, a nova versão do PJe chega com uma novidade importante ligada às demandas predatórias, principalmente para o 1º Grau.
A ferramenta consegue identificar os processos repetidos de uma mesma parte em mais de uma unidade judiciária. Tal recurso oferece utilidade para evitar acúmulo de processos, debatido pelas notas técnicas do Centro de Inteligência do TJRN.
Outras novidades
Entre os avanços, também estão listagem, em ordem alfabética, das lotações dos usuários, facilitando assim a identificação, mais rápida, do órgão julgador em que se deseja acessar; um filtro de “Tipo do documento” no painel do usuário, ao pesquisar por tarefas, e nos agrupadores, auxiliando assim a pesquisa por processos específicos.
Também oferece a opção de, ao cadastrar os dados de contato do jurisdicionado no PJe, indicar se o número celular possui o WhatsApp, permitindo assim que uma janela do aplicativo seja aberta para a comunicação com a parte no momento de uma intimação, por exemplo.
De acordo com o presidente do Comitê Gestor do PJe no TJRN, juiz Diego Cabral, o êxito do trabalho realizado pela Setic se deu em virtude da criação e execução de um planejamento que previu todas as etapas a serem cumpridas. A equipe começou a trabalhar com mais de 30 dias de antecedência.
“Houve uma programação, que foi seguida à risca com muito cuidado e zelo. A mudança de versão não é somente uma escolha, é um planejamento que inicia desde o momento que a gente começa a homologar essa versão. Antes de entrar em operação, a versão é colocada em ambiente seguro e a equipe de negócios (os usuários que lidam dia a dia com os processos) começa a testar todas as funcionalidades. E, à medida que vão sendo apresentadas as inconsistências, a equipe vai atuando preventivamente, antes mesmo de entrar em operação”, explica o magistrado.
Ainda segundo o juiz auxiliar da Presidência do Tribunal, também houve diálogo com os usuários externos como a OAB, o Ministério Público e Defensoria Pública, que fazem parte do sistema de justiça.
“Foi feita uma reunião do Comitê Gestor do PJe para apresentar as datas e o calendário das ações, explicando o que tinha sido feito até então e o que ainda seria feito. Além de ouvi-los para saber se tinham sugestões para a nova versão do sistema”, disse.
Acompanhamento visa estabilidade do sistema
Um outro ponto importante para o êxito da implantação da versão 2.3 do PJe foi a instalação da Sala de Acompanhamento Permanente, em que, durante 15 dias, equipe multidisciplinar da Setic ficou dedicada a manter a estabilidade do sistema.
“Surgiram problemas, mas eles foram prontamente resolvidos por esta equipe, evitando assim instabilidade ou indisponibilidade no sistema que prejudicasse o andamento dos mais de um milhão de processos ativos no PJe”, afirma.
Segundo ele, a equipe da Sala de Acompanhamento Permanente continua dedicada ao monitoramento do sistema PJe para, no caso de surgir alguma demanda, ser dada uma resposta imediata. (Com informações do TJRN)